segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Joaquim Mestre

Joaquim Mestre nasceu em Trindade, concelho de Beja. É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pós-graduado em Ciências Documentais. Vive no Alentejo, ermo a que alguns chamam a sua casa e onde as pessoas andam com o sol nas mãos e a lonjura no olhar. Vive num monte onde tem uma vinha e sonha um dia fazer um grande vinho. Gosta de ler e sonhar, de comer e beber, de amar e viajar. E de escrever, também. É autor do livro de contos O Livro do Esquecimento e do romance O Perfumista, editado pela Oficina do Livro em 2006. É director da Biblioteca Municipal de Beja. A Imperfeição do Amor é o seu segundo romance.


A Imperfeição do Amor, Oficina do Livro, 2007


Uma criança que adivinha o futuro e um homem que escreve cartas de amor cruzam-se num universo mágico de lendas e crenças.


A vila de Mazouco, na Galiza, nunca mais foi a mesma desde a noite em que uma estrela parou sobre a taberna de Xosé Regueiro e nasceu o seu filho, Quico Regueiro. Os acontecimentos que se seguiram, deixando todos maravilhados, vão construindo e ao mesmo tempo desvendando uma teia narrativa que evoca autores como Juan Rulfo ou Gabriel García Márquez. Uma criança prodigiosa capaz de adivinhar o futuro, a história de um pastor enganado pela mulher, uma artista de circo pouco dada aos pudores da vida ou um homem que escreve cartas de amor que enfeitiçavam as mulheres fundem-se numa história de grande riqueza onírica e uma linguagem poética envolvente. Depois de O Perfumista, editado também pela Oficina do Livro, A Imperfeição do Amor vem confirmar a originalidade da escrita de Joaquim Mestre na literatura portuguesa actual.
Veja AQUI a nossa leitura da obra.


O Perfumista, Oficina do Livro, 2006


Um livro que se recorda como o perfume de quem se amou. Uma viagem perturbante ao Alentejo do início do século XX. Um homem apaixona-se por uma mulher. Não pelos seus olhos, não pelos seus cabelos, mas pelo seu cheiro. É o perfumista de Almorim. Quando na Europa deflagra a Iª Guerra Mundial, o homem integra o Corpo Expedicionário Português que vai combater na Flandres. Algum tempo depois chega a notícia de que morreu na Batalha de La Lys. No entanto, um dia o barco da carreira que sobe o Guadiana traz um homem que diz ser o perfumista. A febre pneumónica tinha feito muitas vítimas: a mulher, os amigos, muitas pessoas da vila haviam morrido. Não fala com ninguém, fecha-se em casa a criar perfumes, cujos aromas enlouquecem as mulheres e os homens, alterando a vida de Almorim. Entre odores de mirra e de jasmim, de açafrão e de rosmaninho, entre profetas e malteses, visionários e contadores de histórias, O Perfumista é um romance que nos traz imediatamente à memória os ambientes oníricos e as personagens de assombro que encontramos em escritores como Gabriel Garcia Márquez ou José Luís Peixoto, e que perdurarão, certamente, na memória do leitor.

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